AI Navais – Associação das Indústrias Navais: 50 Anos
A AI Navais, a nossa Associação iniciou a 5 de dezembro a celebração dos seus 50 Anos de refundação. No passado dia 5 de dezembro, no ano de 1974 era constituída formalmente a Associação das Indústrias Navais, sucedendo ao Grémio Nacional das Indústrias de Construção e Reparação Navais.
O propósito da constituição da Associação foi a criação de um órgão de representação e defesa das Indústrias Navais nacionais, continuando, aos dias de hoje, a ser esta a missão da AI Navais.
Ao longo destes 50 anos, a Associação das Indústrias Navais manteve um espírito agregador e reformador, tendo como pano de fundo a defesa dos estaleiros navais nacionais, não descurando e procurando sempre incorporar outras vertentes do setor naval, assumindo neste percurso três designações: Associação das Indústrias Navais, AIM – Associação das Indústrias Marítimas tendo mantido desde 2010 a designação de AI Navais – Associação das Indústrias Navais.
Nos últimos 50 anos muitos foram os desafios do setor que, em conjunto com os seus associados, e sempre em sua representação, a Associação enfrentou e batalhou.
Representando empresas tão distintas como estaleiros de construção, manutenção e reparação navais de referência nacional, europeia e mundial, de que foram ou ainda são exemplo a Lisnave Estaleiros Navais, a Setenave, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo ou o Arsenal do Alfeite, e, empresas de construção, manutenção e reparação naval de menor dimensão, fundamentais para a economia nacional, como são exemplos os Estaleiros Navais do Mondego, a Navalrocha, a Navalria, a Conafi, a Nautiber, os Estaleiros Navais de Peniche, os Estaleiros Cecílio & Carlos Sanfins, os Estaleiros Samuel & Filhos, os Estaleiros Navais Irmãos Viana, a União Construtora Naval, a Navaltagus, a AtlanticEagle Shipbuilding entre muitos outros que contribuíram e contribuem para que o setor se mantenha ativo. Nesta missão, a AI Navais defende os interesses das empresas do setor perante as entidades públicas que tutelam diretamente este setor, e outras entidades.
A Associação tem assumido o papel de interlocutor privilegiado e legítima representante das indústrias navais portuguesas, em fóruns nacionais e europeus, participando como membro ativo da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, da Fename – Federação Nacional do Metal, da Fórum Oceano, da AWES – Association of West European Shipbuilders, da CESA – Community of European Shipyard’s Associations, mais recentemente da SEA Europe – Shipyards’ & Maritime Equipment Association. Podemos, com segurança afirmar que o papel desempenhado ao longo dos últimos 50 anos tem sido reconhecido pelos nossos pares, dado que, tanto a AI Navais como os seus Associados têm vindo a assumir, ao longo destes anos, papéis de relevância nestas organizações, a destacar o papel de Chairman e Vice Chairman da AWES, e de Chairman da CESA. Atualmente somos membro do Conselho Geral da CIP, e, dentro da SEA Europe a Lisnave, através do seu Administrador-Delegado, assume também a posição de Vice Chairman do grupo de trabalho de Manutenção, Reparação e Conversão Navais SEA SMRC.
A AI Navais tem procurado representar o setor do modo mais abrangente possível, sendo desde os anos 80 reconhecida pelo Organismo Nacional de Normalização (IPQ – Instituto Português da Qualidade) como Organismo de Normalização Setorial, para o exercício de funções nos domínios da construção naval e das tecnologias marítimas, no âmbito do Sistema Português da Qualidade, coordenando a Comissão Técnica (CT) 68.
Seguindo o rumo iniciado com a criação da mais abrangente AIM, e navegando no mesmo sentido das congéneres europeia e da associação europeia representante do setor a SEA Europe, a AI Navais tem procurado ao longo do seu percurso alargar a representatividade do setor, agregando no seu seio empresas de fornecimento de serviços, gabinetes de projeto naval, fornecedores de equipamentos e serviços marítimos, empresas dedicadas a investigação e desenvolvimento, sociedades classificadoras e administrações portuárias, das quais são exemplos de referência a Tecnoveritas, a Vera Navis, a Tecor, a Gaslimpo, a Previnave, a Sadoship, a APSS, a Selinat, a Bureau Veritas Portugal e a RINA Iberia – Portugal. Também empresas de gestão projeto e desenvolvimento de infraestruturas navais se juntaram a este movimento associativo mais alargado como são exemplos a Lisnave Infraestruturas, a Lisnave Internacional e a FirstLink.
O crescimento da Economia do Mar nacional é referenciado frequentemente como um desígnio nacional e como um dos vetores de crescimento futuro da economia portuguesa. No entanto, torna-se premente a necessidade de renovar e reforçar os setores mais tradicionais da Economia Azul, nomeadamente o setor industrial onde as indústrias navais e as tecnologias marítimas se encontram. O esforço associativo terá certamente um papel fundamental na defesa dos interesses do setor e a AI Navais continua empenhada em promover e defender os interesses dos seus Associados e do setor nos anos vindouros, intensificando a sua ação junto da tutela e construindo pontes com outros representantes do universo marítimo nacional e europeu.
Em tempos de aniversários não podemos deixar de relembrar os Presidentes da nossa Associação e com esta referência todos os Representantes dos Órgão Sociais do passado e atuais, bem como os colaboradores da Associação, agradecendo, em especial, o zelo e dedicação que permitiram o trabalho da AI Navais:
Eng. João Farrajota Rocheta
Dr. Luis Martins Lacerda
Dr. Mário Serra Lopes Varela
Eng. José Augusto Grade Mendes
Eng. José António de Paiva Guedes da Silva
Arq. João Manuel Monteiro Stichaner Lacasta
Eng. Óscar Napoleão Figueiras Mota
Eng. António Batista Duarte Silva
Dr. Mário Pinto
Dr. José Manuel de Morais Cabral
Eng. Eduardo Manuel Alves Pereira Carichas
Eng. Fernando Sérgio Fonseca
Eng. Manuel Serpa Leitão
Eng. Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
Dr. João Rui Carvalho dos Santos
Agradecemos a todos os que partilharam este percurso e que fizeram parte destes últimos 50 Anos e, aos que continuam empenhados na defesa deste nosso setor hoje e nos tempos vindouros.