Estratégia Regional de Especialização Inteligente de Lisboa
A AIN integrou o Grupo de Trabalho “Domínio de Especialização Mar” num exercício de revisão da Estratégia Regional de Especialização Inteligente (RIS3) de Lisboa que envolveu todas as partes interessadas – universidades e outras instituições do ensino superior, empresas e parceiros sociais.
As RIS3 são abordagens estratégicas de desenvolvimento, assentes na noção de especialização inteligente, fortemente orientadas para o apoio focalizado à investigação e inovação. Baseiam-se no princípio de que a concentração dos recursos do conhecimento e a sua ligação a um número limitado de atividades económicas prioritárias permitirá aos países e às regiões tornarem-se, e manterem-se, competitivos na economia global.
O processo de especialização inteligente está associado à promoção da variedade relacionada, isto é, da criação de sinergias intersetoriais, bases cognitivas e produtivas e visões verticais e horizontais, no sentido da adaptabilidade da região aos choques externos, induzindo a progressão na cadeia de valor. Para esse efeito, o modelo de governação da RIS3 prevê a implementação de Espaços de Descoberta Empreendedora (EDE).
A sua implementação no caso português passou pela definição de sete Estratégias Regionais de Especialização Inteligente (EREI) e uma Estratégia Nacional de Especialização Inteligente (ENEI).
A operacionalização dessas estratégias no Portugal 2020 prevê diferentes mecanismos de seletividade, através da associação de critérios de mérito ou de admissibilidade a um conjunto de Tipologias de Operação, consoante o montante disponibilizado seja condicionado na sua totalidade a projetos alinhados com os domínios prioritários da respetiva ENEI/EREI ou se admita a possibilidade de aprovar projetos não alinhados, sendo o alinhamento um critério de valorização entre outros.
Neste âmbito, nos passados dias 04 e 26 de fevereiro a AIN participou nos workshops desenvolvidos pela CCDR-LVT, para preparação do próximo quadro comunitário de apoio PT 2030, para o período 2021-2027. Nestes workshops foi sugerido pela AIN que fosse criado um laboratório de energética naval para que se pudessem testar e estudar sistemas de energia avançados para a propulsão naval, bem como, os respetivos sensores e tecnologias de aquisição de dados e controlo. Ao mesmo tempo foi, também, defendido a importância que o desenvolvimento da tecnologia 4.0 e a digitalização proporcionam no “redesenho” da tecnologia marítima.
Sugestões que foram aprovadas.