Conferência dos Oceanos – AI Navais – Fórum Oceano 2030
A AI Navais foi convidada da Fórum Oceano a participar no dia 1 de julho numa discussão aberta com o objetivo de identificar o que se espera da FO na próxima década.
O painel, moderado pelo presidente da Fórum Oceano, António Nogueira Leite, contou com as intervenções de Renata Serradeiro, CEO da Flatatlantic, Pedro Rocha Vieira, Chairman da Beta-i, Rui Marcelino, CEO da Alma Design, Mário Pinho, Secretário-Geral da Associação das Indústrias Navais, Pedro Patacho, Vereador da Câmara Municipal de Oeiras, Andreia Ventura, Administradora Grupo ETE, e André Almeida Santos, partner da Indico Capital Partners
O moderador pediu aos participantes que refletissem como pensam que será a próxima década nos sectores que representam. Na intervenção do Secretário-Geral da AI Navais foi dada a nota de existe um sentimento de expectativa sobre todas as exigências que se colocam ao sector atualmente e como elas se vão traduzir na atividade de construção e reparação naval. Exigências que decorrem da necessidade da descarbonização do sector e que vão desde a transição para combustíveis mais verdes, eletrificação, eficiência energética, quais serão as apostas e qual a tecnologia que será utilizada, e ainda os desafios da digitalização, utilização de big data, entre outras. Foi ainda partilhado com os presentes que estão a ser planeados grandes investimentos nas infraestruturas dos estaleiros para que as empresas possam acompanhar as exigências do mercado que, como é do conhecimento geral é um mercado de grande competitividade.
Relativamente ao papel da FO para os próximos anos, na perspetiva da AI Navais, deve ser aproveitado o momentum criado por este evento e se possível repeti-lo numa base, por exemplo, anual ou de dois em dois anos. Eventos como este permitem dar visibilidade aos diferentes sectores da economia do mar. A rede que a FO tem criado nos últimos anos tem sido essencial e irá desempenhar um papel importante para ultrapassarmos os desafios que vamos encontrar futuramente. Também a FO como cluster, na sua visão global, tem um papel importante na identificação do que tem sido feito, encontrar lacunas e falhas que possam ser preenchidas evitando por exemplo a sobreposição de financiamento.
Nas palavras dos outros intervenientes, a opinião é unanime. A FO tem estabelecido bem as redes de colaboração entre as empresas do sector, e é esta visão de conjunto que nos permite competir internacionalmente. A aposta em redes colaborativas irá permitir ao sector caminhar para a inovação, não podendo nunca deixar de lado a educação, a necessidade de trazer o conhecimento e a cultura marítima para a comunidade, promover a ciência e tecnologia e por fim o papel importante de criar lobby a nível nacional e internacional.